sábado, 22 de março de 2008

Dizem, que sonhos, são passeios da alma.
Se sonhos, são da alma o passeio...
Há em minha cama uma agitada calma
E enquanto passeia minha alma, eu... devaneio!

Minha alma visita lugares que não conheço
Assim sendo, conheço lugares que não visito...
E quem me culpa quando acordo avesso,
Dorme longe do bizarro e do esquisito.


Minha alma sonha cachoeiras; em cavernas habita.
Me fala de paisagens novas que vê...
E quando em exaustas emoções se agita
Pára, descansa, continua, não sei por quê.

Minha alma molhada de mares, corta montanhas...
Num desenho rápido, como quem deseja continente.
Me faz ver coisas conhecidas... Coisas estranhas...
Se mais me cansa, durmo mais pesadamente.

Como se pássaro fora, no vácuo desliza.
Atravessa um rio como se fora arraia.
Quando acaso cansa se transforma em brisa
E beija sem malícias a desnuda praia.

Minha alma, com outras tantas almas passeia.
Reata amizades que já iam se apagando...
Se na conquista de mais amigos anseia,
É para de braços dados sair filosofando!

Em seus passeios também chora... Também clama...
Ao testemunhar tanta amargura e tanta desgraça.
Geme ferida ao morrer alguém que ama...
Treme ante o perigo que a ameaça.

Encontra os que são só alma também,
E com eles consegue trocar idéias, dialogar...
Como se estes ainda tivesse em alguém
Um corpo num catre para onde voltar.

Sinto em seus passeios, minha alma sofrer...
Com as injustiças que não pode remediar...
Com a ingratidão que não pode entender...
Com as mazelas que não pode curar.

Minha alma se identifica, ajoelhada ao léu,
Implorando que haja paz no planeta terra...
Enquanto escapa das bombas semeadas no céu...
Tropeça nos inertes inocentes mutilados pela guerra.

Minha alma após tantos passeios, volta abatida
Pro seu limbo, até findar o dia!...
Anoitece, me entorpece e garimpa pela vida...
No cascalho das tristezas o diamante: alegria.

Quem sabe... numa noite de agendar carinhos,
Minha alma encontre sua gêmea sem embargo
E ainda em transe retome os caminhos
Até dividir espaços no meu catre largo.


[De Alfredo Coelho]





sexta-feira, 21 de março de 2008

Sexta Feira - 2352210308


Estava eu discutindo sobre os sentidos da vida e da morte e de outras coisas com a Gabriella quando cheguei a um certo grau de viagem no qual pude concluir que nunca saberemos se estamos vivos ou mortos, sonhando ou acordados, dentro da realidade ou em um universo surreal onde a imaginação de outras pessoas é que reflete o que somos. Agora, explicando tudo isso, a linha entre a vida e a morte é muito tênue pois como comprovar se vivemos realmente se não sabemos como é estar morto? afinal isso são só palavras pra definir coisas desconhecidas, estar morto pode significar começar uma vida em outro lugar talvez e viver talvez seja a morte pra quem já esta morto compreendem? a mesma coisa é com os sonhos, quando estamos sonhando será que na verdade não estamos acordados e toda nossa vida quando estamos acordados não passa de um sonho? é realmente confuso mas se parar pra pensar bem isso faz sentido. Outra coisa q estava a me intrigar hoje é, será que somos prepotentes em afirmar que não há vida fora da terra? eu acredito que sim, o universo é tão grande, quem dirá "infinito" [que não passa de outra palavra pra definir o indefinível] e é egocentrismo de mais pensar que estamos sós por aqui, na verdade não acredito em aliens como aqueles de filmes e blá blá blá's que a imaginação humana cria, mas algo a mais existe e talvez esteja entre nós. Acho que andei em círculos e não cheguei a lugar nenhum mas creio que algo possa estar nas entrelinhas basta saber interpretar.

sábado, 15 de março de 2008

Céu Azul, não tão maravilhoso assim.

Céu,estranha calma azul
por traz das nuvens posso ver
a beleza corrompida
a inocência que se perde a cada dia

chuva, elo entre os opostos
vejo mas não posso tocar
sonhos inalcansaveis
asas quebradas por um estranho

terra, caído entre os escombros
do que um dia chamei de perfeição
futuro interrompido.
o fio foi cortado.

fogo, consome tudo até o fim
esperanças, forças e planos
cansado de rastejar até a luz
chateado por esperar o tempo todo

noite, escuridão eterna
desculpas para meus fracassos
desespero no meio da névoa
a espera do sol outra vez.
[Marcos Coelho - Vermeiden]

domingo, 9 de março de 2008

Mala Suerte!


Minha cabeça dói
Paredes escurecidas
Coração apertado
Memórias despedaçadas

Seu sangue em minhas mãos
Sua alma, minha alma.
Um encontro perfeito
Horrivelmente belo

Vida e morte
Isso faz sentido pra você?
Tanto faz agora
Seu relógio se partiu

Neblina em teu sentimento
Um silencio ensurdecedor
Estragado, quebrado por dentro
O interior não se reflete no espelho

Fuja, não fique aqui
Fingir que tudo esta bem não melhora nada
Reclamar de tudo também não
Neutro, morto, apagado, azar...