segunda-feira, 9 de maio de 2011

O mito do túnel


Antes de fazer a anestesia geral eu ouvia todo mundo dizer: "vai ter um túnel na hora que te aplicarem o medicamento e tudo vai ficar girando." Vocês já devem ter ouvido falar nisso, com certeza. Bom, no meu caso eu estou esperando o metrô desse túnel até hoje. Não teve túnel nenhum.
Resolvi deixar claro pra não criar expectativas em ninguém (assim como criou em mim).

A minha experiência foi bem simples: primeiro não se sente nada de anormal. por no máximo 2 segundos eles te deixam pensar: "sou foda, digdin digdin digdin", somente meros mortais são afetados por esse negócio do capeta. Depois desses 2 segundos algo incrível acontece e tudo que você olha fica "dormente", como se você estivesse bebado (sei lá, isso é o que me parece quando eu to bebado, don't judge me). Mais um segundo e seus pulmões começam a ficar mais leves e você sente dificuldade de puxar o ar. Aí tem uma parte que eu não sei ao certo onde entra, mas acho que é na de tudo que você olha está dormente, que você sente uma vontade incontrolável de apontar pro teto e rir. É sério.

Então não criem expectativas de encontrarem alguém lá na terra dos sonhos ou ter o tal do túnel. Isso tudo no ecziste.

terça-feira, 26 de abril de 2011

caras que dançam em cima das mesas...



a universidade de massachusetts em recente estudo comprova que 89,9% dos caras que dançam em cima das mesas são bons pais e maridos no futuro, sem contar que pelo esforço de fazer uma postagem relampago no próprio blog esse cara deveria ganhar varios pontos por "imprevisibilidade" e por saber digitar "massachusetts" não acha?

quarta-feira, 2 de março de 2011

o inverso do universo é o verso
ao infinito, eu vou ontem
o amanha abstrato espia pela fresta
incertas incertezas de outrora

poderia eu existir
nesse vazio azul?
tudo que foi
sera
ou é.

poderia a morte ser a vida
e a vida ser a morte
linha tenue entre dois mundos
que temo conhecer.

o ontem não me assombra mais
tenho medo das pessoas
eu queria dormir meu sono
quase eterno, quase terno

sem simetrias
suspiro
inverno

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Abre aspas

olhos austeros
de quem sente, diafanos
sorrisos miseros
perdidos, tiranos
por vezes profanos

fingimos que amamos
perdemos os planos
choramos os danos
decidimos, cansamos

toques aridos
corpos calidos
abraços esquálidos

olhos ávidos
finais pálidos

finais
nais
ais
is
s
.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Anestesia



A vida. todo mundo buscando um sentido, vamos lá. 1, 2, 3. A melhor pergunta e uma resposta tão simples, a vida não tem sentido algum amigo. tanta coisa pra escrever, tanta coisa pra tentar explicar e eu aqui. só queria uma anestesia, um coma, algo pra fazer tudo passar e chegar a algum ponto, um propósito inexistente. conhecemos tanta gente, falamos tanta coisa, tantas opiniões confrontando, tantos dialogos desnecessarios. eu busco a troca, busco me sentir bem, busco mudar o mundo de outras pessoas. não podemos mudar todo o mundo mas as palavras tem uma força inigualavel, ninguém consegue mudar sozinho e nem mudar tudo a sua volta, mas cada um tem o poder de mudar o mundo de um outro alguém ou de varios outros alguéns. e no fim é tanto esforço pra chegar a nada, tantos objetivos conquistados ou não, tantos trabalhos inerminados, tantos sonhos e tanto querer pra nada. eu me pergunto todo o dia: a vida faz sentido? e já sei a resposta: não. por que tão pessimista? não é uma questão de pessimismo e sim de realismo. "a vida ta ai pra ser vivida" sério? achei que não. dizem que não se pode passar em branco e eu até entendo que eu possa fazer sentido pras pessoas próximas, essas trocas que eu tanto busco são o real sentido da vida, pode ser, mas ainda assim continuamos com isso pra chegar em um final tão sem sentido. podemos estar vivos esperando a morte ou mortos esperando nascer e ainda assim não saberemos o que nos espera, se algo nos espera. Eu não temo o final só acho que ele chega muito devagar, não quero abreviar nada só tenho medo da mesmisse. é como se fosse uma competição sem vencedores. não quero nada, não quero ser nada, não quero fazer nada. porque tudo termina em nada. são minhas inquietações sem sentido por uma vida sem sentido. é triste pensar assim. as coisas fazem mais sentido na minha cabeça e eu nunca conseguiria explicar melhor tudo que eu sinto, sou um idiota irremediavel. agora nem mesmo fazer sorrir me faz sorrir, antes funcionava.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A song of love and trust that i wrote in a supermarket note




how sad i am?
such a fool
for let she slip away
when she were in my arms

to late to complain
she found another arms
arms for her warm love
i miss her lips without even touch them

a mess of feelings
come when i'm with she
hugs in the elevator
and stupid songs about it

now she's just a friend of mine
i'm a brokenhearted guy
that just can say:
"i'll be by your side forever and always"

what i'm doing here?
why i can't change?
why, why, why, why

i'm quit.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Oblivion



noites interminaveis se passaram
desde que minha alma se foi
eu me sinto tão frio agora
perdido nas minhas próprias palavras

memorias cairam no esquecimento
o passado se afastou
eu deixei para tras apenas as mentiras
e mantive meus propósitos

afundando dentro do meu cerebro
procurando respostas aos meus pecados
acima de todos os medos, o destino
a morte, aniquilando tudo que nós conhecemos

é um simples jogo de cartas marcadas
sem chance de vencer sem perder meus principios
essa poção venenosa chamada sangue
corre pelas minhas veias me deixando doente de novo

eu não quero ir
a partida é tão longa
tão lenta e dolorosa
como laminas cortando gargantas

troféis na estante
falsas memórias mortas
eu esqueci de viver
e deixei para morrer outro dia