sábado, 10 de maio de 2008

[...]


Na cova rasa o tesouro plantado
Não brilhara mais porque ficara mudo...
Ceifado da vida fora semeando amor
Numa dor estranha que calara tudo...
Porque a noite perdera o rumo
E a poesia perdera o fundo.
Na vida já não tinha dia...
Na rua já não era mundo.
Órfão de pai ficara o verso
Num palco morno de silente calma,
Enquanto uma platéia mergulhara em flores
O poeta que agora é alma.
Não brilhara mais o tesouro plantado
Na cova rasa porque ficara mudo...
Fora semeando amor numa dor estranha
Ceifado da vida que calara tudo.
A poesia já não tinha rumo
Porque a vida perdera o mundo.
O dia já não era rua...
Porque a noite perdera o fundo.
Num palco morno órfão de pai
Ficaram versos de silencio e calma,
Enquanto mergulha o poeta em flores
Uma platéia que agora é alma.
O poeta bandido falara do amor.
A sua voz, arma letal, calou...
No túmulo escondido pendendo em flor.
Da impunidade um roseiral se formou.
O poeta falara do amor bandido!
Calara sua voz uma arma letal.
Pendendo em flor no túmulo escondido...
Se formou da impunidade um roseiral.
Foi mais um poeta, vítima passional!
[Alfredo Ortiz Coelho]

4 comentários:

Anônimo disse...

aqui deixo meu comentário, obrigada.

Unknown disse...

Mto Boa a Poesia hein!
Profunda!
continue o trabalho árduo pra manter o blog sempre com essa qualidade!

Quem sou eu? disse...

Adorei a poesia, o eu lirico expressa bem a dor do poeta, me emocionei.


" o poeta fala de amar bandido"

O amor mais comum nesses últimos tempos.

Obrigado pelas criticas no meu blog.Tb gostei do seu e passarei a frequentar mais.
"inté"

:)

Alcione Torres disse...

Profundo...

Sarapatel de Coruja