quarta-feira, 26 de dezembro de 2007


Bom, Com esse blog eu e mais uns amigos ai planejamos trazer sei lá mais cultura [mesmo que as vezes inútil] pra quem quiser ler o que escrevemos, sem frescuras, sem impor ideias, sem regras e sem medo de criticar e ser criticado.
Pra Abrir as postagens aqui ai vai um poema [ou talvez só um texto] meu:


A Chuva


A Chuva cai lá fora enquanto olho pela janela, o cheiro forte da terra molhada me faz lembrar minha infância e com ela toda a
inocência perdida, os prantos vãos do céu molham cada vez mais a terra e também a minha alma e eu acabo percebendo que
alguém em algum lugar ao longe deve estar pensando as mesmas coisas, tudo se repete. Minha televisão, agora muda, mostra algumas imagens sem sentido e quanto mais vejo mais distante daqui eu quero estar, como um pássaro preso em uma gaiola
onde já não é mais prazeiroso cantar, não posso sentir minhas asas e teimo em segurar o canto que esta preso a anos em meus pulmões, de uns tempos pra cá até respirar é cansativo, mas a cada vez que chove as coisas mudam e algo começa a fazer sentido
no meu coração, as lágrimas correm e o motivo eu não sei, eu me afasto cada vez mais de tudo e tento não olhar pra traz, busco sempre fugir do sol que ofusca meus sentimentos e quanto todos fogem da chuva eu rezo pra que meus dias sejam feitos dela
e quando todos olham televisão eu abro a porta e abraço a chuva e por alguns instantes as grades da gaiola podem se abrir.









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