sábado, 29 de dezembro de 2007


Sangue, mistério e Rock 'n Roll

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Naquela noite fria de Dezembro ninguém em Coldlands podia imaginar o que se passava pelas vielas escuras daquela pacata cidade...Michael Staner estava muito irritado por ser chamado as três da manha justo no dia de sua folga, que havia esperado dois meses para poder tirar; ele pensava - algum indigente infeliz sempre tem que morrer bem no dia de minha folga. Se arrumou rápido e tomou um café forte para despertar, rezou para que aquela morte tivesse sido só um mal entendido qualquer entre vizinhos e que aquilo tudo terminasse logo.Michael era um sujeito diferente: aos quinze anos já havia terminado o ensino médio e aos vinte e cinco já havia se formado em medicina e direito, nunca teve tempo para relacionamentos, por isso seus amigos o chamavam de homem de gelo, sinceramente ele não ligava para isso, só pensava em trabalhar e trabalhar, mas após algum tempo isso se tornou muito cansativo e com seus trinta anos já chegava a conclusão que a sua vida até então havia sido um completo desastre, não tinha nada e nem ninguém de quem pudesse se orgulhar de ter conquistado, só acumulava certificados e casos ganhos mas seu coração ainda sentia falta de algo, abandonou tudo o que havia construído e começou a se dedicar a um trabalho pelo qual ele sempre teve fascínio, após algum tempo de estudo e trabalho duro ele ficou conhecido como o detetive mais eficiente de Coldlands.Chegando no lugar do crime uma certa multidão já tinha se aglomerado para saber o que havia ocorrido, Michael prontamente mostrou seu distintivo e abriu caminho no meio das pessoas, chegando no lugar do crime seu coração disparou, nunca tinha visto uma mulher tão linda em toda sua vida, cabelos ruivos, lisos e até a cintura emoldurando um rosto angelical, cintura fina e quadris fartos, mais ou menos um metro e setenta de altura e ele mal escutava o que ela falava sobre o crime de tanto fascínio que aquela visão o havia causado.Lilyan Ortiz era uma medica legista e estava cansada da monotonia do hospital, finalmente a haviam chamado para algo interessante, o submundo do crime estranhamente a atraia.- O que temos aqui? perguntou Michael.Lilyan ainda estava chocada com a cena daquela linda mulher toda ensanguentada em cima de uma cama e com uma garrafa de Rum ainda pela metade derrubada no chão, mas se conteve e acabou por responder a pergunta de Michael.- Essa mulher foi estrangulada, violentada e teve sua jugular perfurada com algo de mais ou menos trinta centímetros de comprimento. Sr. Staner, isso não foi uma briga de casal nem muito menos um assassinato comum, esse foi o terceiro crime semelhante apenas neste mês, me parece uma espécie de Serial killer maluco.- Realmente louco, mas com bom gosto musical. - comentou Michael, em tom sarcástico.- Bom gosto musical? Você só pode estar brincando, com um clima serio desses e você falando de gosto musical de um bandido?! Como você chegou a essa droga de conclusão, seu idiota?!Lilyan achava uma má ideia ter chamado aquele cara estranho pra resolver um caso tão serio como aquele, ela nunca confiava em pessoas que usavam óculos escuros todo o tempo e ficavam brincando com coisas serias.- Calma Lily, posso te chamar assim?Lilyan apenas lançou um olhar fulminante em direção a ele - Eu cheguei a essa conclusão olhando os discos dessa pobre infeliz. Aqui, nesse apartamento só tem discos de Jazz, e pelas informações que me foram passadas nos últimos crimes, também foram encontrados discos similares a esse. Ou então como você me explica tocar R.E.M sem parar em uma casa onde só tem discos de Jazz?- É, Realmente você pode ter razão. - Assentiu Lilyan, um pouco a contra gosto.O Assassino seduzia suas vitimas e as convencia a serem levadas pra casa. Então, ele as embebedava, violentava e logo após as matava de alguma forma insana. Além disso, sua marca registrada era sempre deixar algum disco de Rock tocando na cena do crime; parecia algum desafio a policia ou algo do genero- É realmente ele tem um bom gosto. Primeiro Beatles, depois The Who e Agora R.E.M? Ele tem algo peculiar em sua obsessão, não é? Grandes Clássicos e mortes insanas. A primeira foi encontrada enforcada pelo lado de fora da janela de seu apartamento. Ele enforcou a moça com suas próprias roupas, amarrando no pé da cama e no seu pescoço, atirando-a depois pela janela. A segunda foi simplesmente retalhada e seus pedaços foram dispostos em forma de um semicirculo como os usados em rituais de bruxaria. A terceira... você já sabe. Simples; agora é só achar e prender - lo. - conclui Michael Staner. Mas as coisas não eram tão simples assim.

Motivação

No outro lado da cidade as sete e meia da manhã Julia Stratenberg acordava, ainda esfregando seus olhos e bocejando, totalmente alheia aos acontecimentos macabros do ultimo mês. Amaldiçoavaeternamente seu vizinho novo do andar de cima, - esse filho da mãe não para de escutar musica vinte e quatro horas por dia - Há três dias a mesma droga; pensava. Aquilo já estava virando um circulo vicioso. Resolveu tirar satisfações, porém aquilo não era uma boa ideia.Michael e Lilyan estavam sem dormir há aproximadamente vinte e oito horas e trinta minutos, já havia se passado um dia e suas buscas pelo assassino não retornavam resultados. Michael estava muito irritado por achar que aquilo seria um caso qualquer de um maníaco sem cérebro, mas a engenhosidade e o sangue frio daquele assassino o perturbavam profundamente, nenhuma prova, nenhuma falha, os crimes eram perfeitos. Os dois estavam perdidos em seus pensamentos quando um barulho estridente irrompe o silêncio daquela sala: era o celular de Lilyan tocando. Ela atendeu.- Oi, quem está falando? - Do outro lado da linha uma voz soturna responde -- Isso não é importante, se você quer mais pistas sobre o que esta procurando venha imediatamente ao apartamento 669 no prédio acima do Banco Espanha. Talvez ainda haja tempo de salvar a vida de mais uma inocente. -O telefone ficou mudo. Lilyan deixo-o cair no chão; estava em estado de choque com o que havia escutado, mas rapidamente se recuperou. Pegou Michael pelo braço e saiu em disparada rumo ao seu Porsche 911 estacionado um andar abaixo. Michael mesmo sem entender a seguiu sem questionar.Chegando no endereço dado pelo desconhecido, arrombaram a porta do apartamento 669. O sangue de Lilyan congelou imediatamente quando encontrou aquela cena terrível: Julia Stratenberg uma jovem de apenas 19 anos estava nua, pendurada pelos braços e pescoço ao teto, o sangue corria de seu rosto, os olhos foram perfurados e a língua havia sido cortada, Julia ainda estava viva. Michael, sem pestanejar, chamou a ambulância. Antes que pudesse socorrer Julia, Lilyan interveio e mandou ele prestar atenção nas inscrições abaixo da jovem ainda pendurada.VOCÊS CHEGARAM A TEMPO? TALVEZ... VOCÊS TEM DUAS ESCOLHAS: OU VOCÊS SALVAM ESSA JOVEM OU VOCÊS VASCULHAM MEU APARTAMENTO EM BUSCA DE POSSÍVEIS PROVAS. SE VOCÊS TIRAREM ELA DE ONDE ELA ESTÁ, O ARQUIVO ATRÁS DE VOCÊS EXPLODE; SE VOCÊS ABRIREM O ARQUIVO ELA PODE PERDER A CABEÇA, LITERALMENTE... A VIDA É TÃO BELA NÃO? TUDO SE RESUME A ESCOLHAS. VOCÊS PODEM ESCOLHER SE ELA VIVE OU MORRE. VEREMOS... NÃO ESQUEÇAM: NÃO HÁ UMA TERCEIRA OPÇÃO. SE VOCÊS NÃO FIZEREM NADA DENTRO DE UM MINUTO ELA MORRE E O ARQUIVO EXPLODE. BOA SORTE!

Insanidade Ou Genialidade

Julia acabou de tomar seu café e subiu o lance de escadas que a separava do seu vizinho barulhento - vai ser rápido, subo lá, falo com ele e tenho paz o resto da semana - ela pensou. A porta estava entreaberta. Ela bateu, mas ninguém abriu. Então resolveu entrar. O ambiente era pesado, o cheiro de mofo, Rum e cigarros baratos infestava o ambiente a meia luz enquanto tocava Ramones sem parar. A porta bateu atrás dela; e ela vira pra olhar. Surpreendeu-se com seu vizinho que a olhava no fundo dos olhos. Era charmoso, um metro e oitenta e cinco aproximadamente, cabelo negro e olhos igualmente enigmáticos, uma expressão facial muito simpática, mas um pouco misteriosa. Ela havia esquecido completamente oque estava fazendo ali. O homem misterioso rompeu o silêncio e a convidou para sentar e tomar algo. Serviu um copo de Rum, começaram a conversar. Julia se sentia cada vez mais atraída por aquele homem desconhecido, já bêbada ele começou a beija-la e ela não tinha forças para evitar. Depois de algum tempo, acordou na cama, nua e amarrada. O homem apontou uma arma para ela e a obrigou a escrever uma mensagem assustadora. Já podia prever seu triste futuro, fez tudo que o homem pediu com alguma esperança de piedade, mas a uma certa altura percebeu que não tinha volta. Começou a beija-lo novamente, em uma tentativa desesperada de se salvar. Enquanto o beijava, pegou a garrafa de rum que estava em cima da mesa e quebrou na cabeça daquele homem assustador. O urro gutural foi abafado pelo volume do radio. Julia tinha cometido o pior erro de sua vida, naquele momento tinha assinado sua sentença de morte. Sem pensar duas vezes o homem a amarrou na cama e aplicou-lhe um pano com éter no seu nariz. Quando Julia acordou, estava pendurada no meio de uma sala, não conseguia enxergar nada e nem falar, não havia dor apenas desespero e o cheiro sufocante da morte a rondava. Podia ouvir dois estranhos conversando desesperadamente naquela sala, tentava em vão pedir socorro e a corda no seu pescoço parecia apertar mais a cada segundo. Segundos de aflição, depois silêncio... Subitamente, ocorreu uma explosão e ela caiu nos braços de alguém desconhecido, que pedia calma.- Lilyan, será que essa foi a escolha certa?- Claro que foi Michael. Primeiro temos que salvar todas as vidas possíveis, depois nós pensamos em como achar esse filho da puta. Essa pobre mulher perdeu muito sangue, temos que leva-la imediatamente ao hospital. -Lilyan pegou um aparelho no seu bolso e coletou um pouco de sangue da vitima. Logo após, perguntou a Michael.- Qual é o seu tipo sanguíneo?- O positivo por que?- Vamos ao hospital. Você vai doar sangue para essa mulher, e depois que ela melhorar talvez tenhamos mais pistas sobre esse assassino que já esta me dando nos nervos.

primeiros três capitulos do livro =D em breve quando eu escrever eu posto mais =DD

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